Em Journey to the Savage Planet, o novo título de aventura da Typhoon Studios, e distribuído pela 505 Games, somos um astronauta que trabalha na Kindred Aerospace, empresa que se orgulha de se chamar a quarta melhor empresa de exploração interestelar. O nosso CEO tem um especial interesse no planeta em que fomos designados para pesquisar, AR-Y 26. Infelizmente, tivemos uma queda acidentada prejudicando a nave o que aumenta consideravelmente a nossa lista de tarefas inicial. Além de explorar e verificar se o planeta está apto para a colonização, também precisamos de encontrar recursos para reparar e reabastecer a nave e assim voltar para casa.
Devido a restrições orçamentais, não recebemos absolutamente nenhum equipamento, logo, a nossa primeira tarefa é sair, conseguir recursos e usar a impressora 3D da nave para fabricar uma arma e um jetpack, o último dá acesso a um salto duplo e, posteriormente, triplo e quádruplo. Estes saltos, podem parecer pouco, mas ajudam a ampliar a nossa capacidade de explorar à medida que descobrimos gradualmente mais da bela e distinta paisagem alienígena do planeta AR-Y 26.
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Além do cenário cheio de cores vibrantes, vamos encontrar uma variedade de espécies de animais, algumas amigáveis e outras com a intenção de nos matar e comer. Todos, no entanto, deixam elementos minerais na sua morte, que podemos e devemos recolher, pois estes recursos servem de matéria-prima para a impressora 3D. Somos encorajados a examinar tudo o que encontrarmos desbloqueando projetos de fabricação de outros componentes para nos ajudar na exploração e fornecendo dicas sobre como derrotar os elementos mais ferozes da fauna do planeta.
De arma na mão lá vamos nós!
É claro que Journey To The Savage Planet tira uma inspiração considerável de jogos estilo Metroid. A necessidade de explorar tudo, a maneira como as atualizações de equipamentos permitem o acesso a novas áreas de níveis anteriormente explorados, e o melhor de tudo, a sua paleta de cores vibrantes. O planeta AR-Y 26 nunca é menos do que extremamente alegre de se olhar, mesmo quando está a fazer tudo o que consegue para acabar com a nossa vida.
Para ajudar na nossa recolha de amostras, podemos imprimir em 3D um dispositivo que espetamos em criaturas vivas para obter uma amostra de tecido. É um processo que, como podemos imaginar, por vezes não é muito fácil já que em predadores maiores já tem de haver um certo grau de perícia na extração de amostras. Também precisamos de estar atentos a uma gelatina laranja que ao consumir faz com que a nossa vida e resistência subam de nível.
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O planeta não é todo, como os dados da Kindred indicaram, livre de vida inteligente, um facto evidenciado pela arquitetura alienígena e estranhos santuários que encontramos nos mapas a que vamos tendo acesso na nossa exploração. Parece que há mais coisas a acontecer no AR-Y 26 do que aparenta à primeira vista e é o nosso trabalho descobrir exatamente o quê. O enredo é-nos mostrado numa série de conversas com o computador da nossa nave, que é extremamente sarcástico, reforçado por anúncios engraçados e de algum mau gosto… temos também as mensagens de vídeo do CEO da Kindred Aerospace. Tudo com muito humor, acabando por elevar um jogo de exploração que não se leva muito a sério, uma mais-valia… sem dúvida.
O cenário que se põe é que somos um ativo facilmente dispensável e que somos totalmente irrelevantes.
Total liberdade
A verdade é que Journey To The Savage Planet só quer que estejamos divertidos o maior tempo possível. Incentiva-nos a explorar o máximo possível e a não esquecer que tem muitos segredos à espreita… são tantos que alguns deles até ouvimos um sinal sonoro e um alerta no mapa a referir que estamos perto de algo. Claramente quer-nos levar a passear pelos seus mapas o que nos leva a imaginar qual será a próxima ferramenta a desbloquear para podermos progredir por uma zona que ainda não temos acesso.
Claro que há aspetos a melhorar. Por exemplo o nosso computador de bordo, (uma espécie de GLaDOS) fornece regularmente conselhos valiosos para a nossa viagem ao desconhecido, mas que não se repetem. Infelizmente, a voz do computador está um pouco distorcida em demasia o que faz com que por vezes tenhamos que recorrer às legendas para saber do que ela está a dizer, mas nada de muito grave. O som no geral não é mau, mas tem algumas falhas. Os barulhos dos animais repetem-se muito e a banda sonora não é muito variada, mesmo assim não cansa.
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Existe um outro (pequeno) problema, dependendo do ponto de vista claro, trata-se da longevidade. Não é curto, dura aproximadamente 15 horas depende da exploração, mas como está tão bem feito queremos sempre continuar por mais umas horas… Imaginando o que mais poderá estar escondido naquele mundo tão rico. Podemos continuar a explorar, encontrando mais criaturas estranhas, paisagens que desafiam a gravidade e bosses enormes. Mas está desenhado para ser terminado e apresenta-se com uma jogabilidade bem conseguida, mecânicas muito boas e muito apelativo para quem gosta deste género. Só peca na nossa opinião pelo uso da arma.
Não é uma arma em que possamos confiar muito pois não tem muito poder de fogo e o que ao inicio pensamos que será apenas um acessório acaba por ser determinante mais para o meio/fim da campanha. Ou seja, se a usássemos menos seria melhor no tema de exploração já que muitas das criaturas com que nos cruzamos nem nos atacam.
Journey To The Savage Planet também é totalmente jogável em cooperação online. O que deverá ser muito interessante para jogar com um amigo, já que é um título carregado de humor.
Considerações Finais
Journey To The Savage Planet, é um titulo em que a exploração é a chave para o nosso divertimento. Não é cansativo na maneira de ter de voltar atrás e construir a nova peça de equipamento necessária para abrir um novo caminho pois a ação é toda bastante rápida. Um jogo a ter em conta já que nem é vendido a full price.
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Journey To The Savage Planet já se encontra disponivel para PlayStation 4, Xbox One e Windows PC. Podendo ser encontrado no mercado pelo valor de €29.99.
N.R.: A análise a Journey To The Savage Planet foi realizada numa PlayStation 4 com acesso a uma cópia digital do jogo, gentilmente cedida pela 505 Games.