Imaginem-se a viajar de volta aos anos 80, estão nas ruas de uma cidade violenta onde tudo é aquilo que parece. Os graffitis provavelmente foram feitos por membros de gangs e os contentores a arder queimam mesmo. É a vossa missão, nível a nível, limpar as ruas da cidade e fazer o que a polícia não consegue… acabar com os gangs.
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Agora, porque nem tudo pode ser pesado, juntem uma boa dose de comédia, sangue e pedaços de corpos a voar pelo cenário, por vezes até de forma exagerada. Mas será que Huntdown, e a sua pixel art, são suficientes para nos fazer entrar no mundo do combate ao crime?
Huntdown apresenta-se de forma divertida e com conteúdo mais que suficiente para nos entreter, mesmo em multiplas runs. O jogo permite que possamos jogar a solo ou em co-op local, bem ao estilo das velinhas arcades onde nos juntavamos com os amigos para desbravar jogos de plataformas como se não houvesse amanha. E na verdade, até podem adquirir uma arcade de Huntdown, caso fiquem (mesmo) fãs do jogo trazido pela Easy Trigger Games com publicação da Coffee Stain Publishing.
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O jogo é composto por 20 níveis, os quais podemos passar com três personagens diferentes onde cada uma delas vai apresentar características próprias.
- Anna Conda: Uma ex-comando e especialista em armas de fogo. Uma autentica maquina de guerra.
- John Sawyer: Uma espécie de “Robocop” que deixou as forças da lei… agora é só caças recompensas.
- Mow Man: Um droid que tem como passatempo trocar “corpos” por dinheiro… tudo bem.
Introdução feita, preparem-se para a ação, sangue, balas, fogo e, pois está claro, voltar ao check points vezes sem conta.
Quando sabe bem falecer
Huntdown é delicioso de olhar, a arte pixelizada em 16-bits e a forma como cada uma dos níveis está construido fazem com que seja o tipo de jogo que queremos jogar, nem que seja numa pequena sessão de meia hora, sabemos que nos vamos divertir e que acabará, sempre, por ser tempo bem gasto. Os níveis passam por derrotar os membros de um gang até chegar ao boss final. Durante o vosso percurso vão encontrar diferentes tipos de inimigos, com habilidades e armas diferentes, e também com mais ou menos destreza para se defenderem das vossas balas, gradas, lança-chamas, pontapés, armas laser… tudo o que possam imaginar vai servir para desmembrar muitos dos inimigos.
Embora o resultado final de cada nível seja sempre o mesmo, o chegar ao boss final, até lá chegarem vão encontrar diferentes obstáculos que vos vão fazer morrer muita vez. E se dizer isto pode fazer com que Huntdown pareça um jogo frustrante acreditem que não o é, sempre que morremos acabamos por ter aquela sensação de “eu fiz alguma coisa mal” e queremos lá voltar, repetir aquele segmento, para perceber o que é que fizemos de mal e avançar até ao fim do mapa. Quando finalmente conseguimos passar todo o nível ficamos com a sensação de dever cumprido, felizes por ter conseguido chegar ao fim e com a certeza que falecer tanta vez acabou por valer a pena.
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Caso não estejam para voltar aos checks points vezes sem conta, porque falecer até pode saber bem, mas ninguém gosta, apressem-se a chegar à caixa mais próxima ou à porta ali ao lado. Mecanicas com agachar, esconder dentro de uma porta, saltar ou até mesmo fazer um belo de um slide podem ser a diferença entre a vida e a morte… uma diferença que fazem com que Huntdown seja divertido ao mesmo tempo que é caótico.
Por fim, ao encontrarem o boss, só podemos dizer “boa sorte”. Aqui não vão existir caixas ou portas para nos escondermos… é um autentico jogo do gato e do rato onde o rato, nós (simplesmente por causa do tamanho), é pisado vezes sem conta até conseguir, depois de muita tentativa-erro, passar pelos bigodes do gato em forma de boss armado até aos dentes.
Balas, Bolos e performance
É certo que a página de Huntdown diz que o jogo corre a 60fps, é possível que a Nintendo Switch (consola que usamos para fazer esta análise) não se comporte da mesma forma, mas a verdade é que sejam balas, pontapés, bolos (tínhamos que fazer referência ao subtítulo) ou até mesmo granadas de mão… nada, mas mesmo nada, sofreu com qualquer tipo de problemas de desempenho. Os movimentos das personagens são feitos de forma fluida, sejam eles saldos ou slides, e a passagem entre níveis ou até mesmo entre zonas de cada um dos mapas é feita de forma agradável e nada demorada.
A boa performance associada a um excelente level design e ao sentimento de recompensa que o jogo nos transmite fazem com que Huntdown seja uma excelente opção para os fãs de carnificina, pixel art, plataformas, anos 80 ou até mesmo, vejam lá, de videojogos.
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Para além de tudo isto, o facto de alguns inimigos deixarem loot para trás, o que nos possibilita a troca de armas vezes sem conta durante o mesmo nível, faz com que o ritmo de jogo seja ainda mais frenético. A sorte é que para além de armas e balas, estes inimigos, deixam também potes de saúde… e saúde é algo que todos gostamos quando temos um verdadeiro gang em 16-bits a vir atrás de nós.
No fim, é pena que Huntdown nos dê apenas 4 a 5 hora de jogos para completar a história principal, afinal de contas quando o jogo é divertido queremos sempre mais. Seria interessante ver também a possibilidade de fazer co-op online, já que nem toda a gente tem com quem jogar dentro da sua família.
Considerações Finais
Huntdown é um jogo que vos vai fazer dizer alguns palavrões, nem que seja “caramba, pá”, porque vai fazer com que morram algumas vezes. Mas, no fim, o sentimento de recompensa é tão forte que acabam por esquecer as vezes que quiseram enviar o comando em voo direto até à parede mais próxima… Sim porque vai acontecer. Não porque o jogo esteja mal desenhado ou porque morram por “culpa do jogo”, mas sim porque se vão sentir indefesos contra os gangs dos anos 80.
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Huntdown já se encontra disponível para PlayStation 4, Xbox One, Nintendo Switch e Windows PC. É um jogo curto, verdade, mas com possibilidade de ser revisitado num curto espaço de tempo, isto sem cansar. Aconselhamos a que lhe deem uma oportunidade, isto se forem maiores de 16 anos… caso contrário, esperem
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N.R.: A análise a Huntdown foi realizada nunca Nintendo Switch com acesso a uma cópia do jogo, gentilmente cedida pela Swipe Right PR