Análise Guns, Gore and Cannoli 2: onde os mafiosos combatem zombies

Quando juntamos história, ficção e alguns toques da sétima arte, pode-nos ser possível imaginar uma storyline que nos conta como um mafioso lutou contra outras facções da mafia, zombies e nazis para salvar o mundo em plena Segunda Guerra Mundial… Isto tudo enquanto come uns saborosos cannolis.

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Agora para além de imaginar pode jogar algo com uma storyline muito idêntica. Guns, Gore and Cannoli 2 chegou à Steam em março deste ano e esta semana foi lançado para a Nintendo Switch. Trazido diretamente pela Crazy Monkey Studios, este shooter de plataformas 2D não irá passar despercebido pelos amantes de clássicos como Metal Slug ou Contra.

 

 

“Making America great again”

Se no primeiro jogo, lançado em 2015, o objetivo era combater um cientista louco que criou um veneno para transformar os cidadãos em zombies, esta sequência passa-se 15 anos depois, na Europa, durante a Segunda Guerra Mundial e agora Vinnie terá de ajudar os soldados aliados a invadir a Normandia. Para tal, Vinnie poderá contar com pistolas, lança-chamas, metralhadoras, entre outros, num total de 13 armas diferentes. Nesta sequela, a personagem principal tem também as novas habilidades de duplo salto e rolar e, como já acontecia no primeiro, tem que comer o seu saboroso cannoli para recuperar o nível de saúde. Apesar de serem habilidades básicas, estas são bastante eficientes quando combinadas. Por exemplo, ao fazermos um duplo salto e rolarmos acabamos por conseguir alcançar uma maior distância do que somente com o duplo salto. A nível de mecânicas, há que destacar o disparo em 360 graus que, não sendo à partida muito instintivo, vem resolver o problema que o original teve de falta de precisão da mira.

A banda sonora é um dos pontos mais positivos em Guns, Gore and Cannoli 2. Os temas sonoros alusivos à época, que tocam mais alto quando passamos perto de um dos vários rádios no cenário, colocam o jogador em plenos anos 40. Mas o melhor são as citações de Vinnie Cannoli. ‘Everyone is a gangster until a gangster walks into the room’ e ‘making America great again’ são duas das frases mais ditas pelo nosso mafioso e é impossível não soltar uma gargalhada ao ouvi-las.

Não sendo muito complexos, os mapas poderão desiludir os jogadores mais exigentes. Embora haja a possibilidade de explorar além do que a ação obriga, não há muitos caminhos alternativos. Como em qualquer outro jogo de ação/plataformas, no final de cada capítulo há um boss, mas a sua dificuldade atenua-se ao conseguirmos decifrar a sequência de ataques. De modo geral, a dificuldade é equilibrada, a menos que optem pela dificuldade “impossible”. Aí vão precisar de toda a ajuda possível para enfrentar adversários que aparecem de todos os cantos do ecrã.

Novo modo cooperativo online

E falando em toda a ajuda possível, uma das grandes novidades desta sequela para a Nintendo Switch é o modo cooperativo on-line. Se no jogo anterior o local co-op já era divertidíssimo, ao trazer para a mesa a opção de ter até 4 jogadores a jogar on-line em simultâneo, a Crazy Monkey Studios conseguiu deslumbrar os fãs do primeiro jogo.

Graficamente, o jogo apresenta um bonito visual cartoonesco, com personagens bem animadas e vários objetos que podemos explodir ou simplesmente derrubar sobre os adversários. Há momentos no decorrer do jogo, em que a carnificina é tanta que o ecrã se enche de caos, corpos desmembrados, e, como esperado, muito “gore”. Na Nintendo Switch o jogo corre muito bem quer no modo handheld quando como está na sua dock, sendo que nesta última opção é importante ter um monitor com um bom tempo de resposta, como o Philips Brilliance 288P com tecnologia SmartResponse onde fizemos a nossa análise, dado que se trata de um título bastante rápido.

É importante referir que são percetíveis algumas quedas de frame rate em ambas as situações, handheld e docked, quando estamos no modo on-line e, inclusive, houve uma situação em que o jogo fechou inesperadamente após algum tempo de sucessivos solavancos.  Face a este problema contactámos Steven Verbeek, Managing Partner e developer na Crazy Monkey Studios – “O multiplayer online corre via configuração por Host client. Já estamos a par destes problemas de rede”, respondeu Steven. Resta-nos, então, esperar pela rápida resolução do mesmo.

Considerações Finais

Com um modo campanha curto, apenas 4-5 horas de duração, a variedade de adversários, armas e o caos instalado ajudam o jogador a envolver-se com a causa de Vinnie, não sendo, por isso, um jogo nada aborrecido. Caso acabem a campanha e fiquem com vontade de continuar a matar uns zombies nazis não se preocupem, há sempre a possibilidade de aumentar a dificuldade ou jogarem novamente, sozinhos ou com amigos.

Disponível para PC e Mac desde março e agora para Nintendo Switch, Guns, Gore and Cannoli 2 não é um jogo revolucionário mas faz o que promete: algumas horas de diversão, muitas gargalhadas e um saboroso cannoli!

 

N.R.: Guns, Gore and Cannoli 2 foi analisado com uma cópia do jogo para Nintendo Switch disponibilizada pela CrazyMonkey Studios

 

Guns, Gore and Cannoli 2
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Co-op online
Excelente banda sonora
Variedade de adversários e armas
Modo de campanha bastante curto
Controlo da mira em 360 graus pouco instintivo
Frame rate drops no modo cooperativo online
8
EM 10
Ana Morais: Digital Marketer de profissão e gamer desde os anos 80. Gosta de todo o tipo de jogos, mas prefere JRPGs, jogos de acção e plataformas.
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