Há 11 anos que a Codemasters criou o jogo oficial da F1 – F1 2009 – que na altura apenas estava disponível para Nintendo Wii e PlayStation Portable. Só em 2010 é que a série chegou às consolas de sala da Sony e às consolas da Microsoft. Estamos em 2020 e a série tem sofrido grandes mudanças ao longo de todos estes anos, desde o motor de jogo a novos grafismos bem como o aparecer de novos modos como a carreira. Este ano a Codemasters foi mais longe e decidiu acrescentar um novo modo a F1 2020 – o modo My Team. Será que tem o que é preciso para conseguir ser um sucesso de vendas? Luvas nas mãos, mete o capacete e vem acelerar a fundo connosco.
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Em F1 2020 temos 22 pistas onde podemos encontrar duas grandes novidades: Holanda e Vietname. Infelizmente estas duas pistas, até à data, não fazem parte do calendário oficial da temporada 2020 de Formula 1, mas isso não nos impede de fazer umas voltas de reconhecimento virtual…
A pista do Vietname é uma pista citadina com grandes retas, mas também com algumas sequências de curvas mais técnicas enquanto que a pista da Holanda, sendo uma pista permanente, é um circuito interessante não sendo dos mais difíceis.
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Para além das pistas, umas das novidades é mesmo a capa do jogo. Se a homenagem o ano passado foi a Senna, este ano é a outro dos grandes da F1, Michael Schumacher. Na edição com o nome do piloto vamos poder encontrar carros míticos como o Jordan 191, Benetton B194 e B195 e ainda o Ferrari f1-2000. Temos ainda alguns acessórios como o capacete vermelho com sete estrelas brancas a representar os sete campeonatos do mundo ganhos por Michael Schumacher.
My Team – Conduzir e controlar
My Team é o modo de jogo que, finalmente, nos coloca nas rédeas de uma equipa de Formula 1. Mas calma, não vamos dar uma de Stroll e comprar uma das 10 equipas existentes, vamos ter que começar por baixo e criar uma equipa a partir do zero, vamos ser a 11ª equipa do mundial da prova rainha do desporto automóvel. Para começar, depois de escolhermos o nome da equipa e o logo, temos de escolher o patrocinador onde, sendo diferente para cada um dos contratos, vamos ter objetivos para cumprir e assim ganhar dinheiro e pontos de experiência.
O terceiro passo é a escolha do fornecedor para o motor que vai equipar o nosso carro. Das 4 marcas disponíveis – Honda, Mercedes, Renault e Ferrari – cada um vai apresentar um custo por época e cabe a cada um de nós escolher a que melhor relação “qualidade/preço” apresentar. Mas cuidado, não gastem o orçamento todo porque ainda temos que contratar um colega de equipa. Esta ultima escolha vai colocar-nos frente a frente com 4 pilotos para que, tendo em conta a experiência e habilidade de cada um, consigamos escolher o nosso colega para época que se adivinha.
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Antes de começar a primeira época, temos ainda a possibilidade de escolher entre correr todas as 22 etapas, 16 ou apenas 10. Antes de irmos para a primeira etapa do mundial temos que tratar de alguns assuntos administrativos, como, por exemplo, encher os espaços vazios entre etapas. Aqui podemos fazer campanhas publicitarias de pré-época, enviar os pilotos para um campo de treinos, ou ainda colocar a equipa de engenheiros com o foco em algo específico para ser desenvolvido, como a vertente aerodinâmica do carro, por exemplo. Com o decorrer da época vamos ganhando pontos de experiência para gastar em 6 sectores da equipa: Aerodinâmica, chassi, pessoal, marketing, durabilidade e fabrico. Quanto mais conseguirmos melhorar estes sectores melhor e mais forte se vai tornar a nossa equipa para conseguirmos chegar ao topo. O modo My Team tem a durabilidade de 10 épocas.
Nem se imaginem a lutar com os grandes durante os primeiros anos, não vale a pena. Vamos andar na parte inferior da tabela, a lutar com equipas como a Williams. Mas ao evoluirmos o carro, vamos conseguir melhorar e começar a lutar com outras equipas, sendo isto um processo difícil e trabalhoso. Em jeito de conselho: não passem à frente nos treinos livres já que estes são uma parte importante, quando cumprimos os objetivos pedidos, para conseguirmos melhorar o carro.
Modo Carreira
Como seria de esperar, no Modo Carreira vamos encontrar muitas semelhanças com o modo My Team. No início, tal como em F1 2019, temos de escolher entre irmos logo diretos para a F1, e com isto passarmos a frente da nossa “formação” como pilotos, ou então passarmos pela F2. Nesta segunda opção, a F2, temos a possibilidade de fazer o campeonato todo e aproveitar a diferente condução dos carros de F2 ou então fazer apenas algumas pistas e seguir para a F1.
Depois disto temos de escolher uma entre as dez equipas da F2 e uma das academias existentes como a Mercedes, Ferrari, Redbull, Mclaren e Renault. Dentro das 3 primeiras academias estão várias equipas de F1, por exemplo, na academia da Mercedes podemos encontrar também a Racing Point e a Williams. Posto isto estamos prontos para correr, obviamente quanto melhor e a nossa classificação mais e melhores são os interessados a nos ajudar a dar os primeiros passos a bordo de um F1.
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A grande diferença entre este Modo Carreira e o My Team é que aqui não temos de nos preocupar com as questões financeiras ou administrativas da equipa, a nossa maior preocupação é conduzir bem e termos bons resultados no fim de semana da prova. Só assim podemos chegar ao nosso objetivo principal… o campeonato mundial. Como referimos anteriormente, os carros F2 são um pouco diferentes na sua condução, por isso, ao começar nos F2 temos de ter cuidado porque são um pouco traiçoeiros na saída das curvas já que têm tendência a fugir de traseira o que nos coloca com grandes probabilidades de dar um beijinho no muro… Também o som é bem diferente da F1, estando os carros da F2, tal como na realidade, com um som mais mecânico e menos elétrico.
Então e o resto?
Uma boa parte deste F1 2020 continua bem idêntico a F1 2019, como não podia deixar de ser. A nível gráfico não podíamos esperar grandes alterações, pois na havia muito por onde melhorar, talvez com a próxima geração de consolas isso mude. O som está com o tom mais arcade nos F1 e a condução ficou mais rápida, mais divertida. Mas também mais complicada para quem joga de comando, principalmente se estavam habituados a fazê-lo sem ajudas ou com o mínimo. Mas não se assustem, é tudo uma questão de hábito.
Em F1 2020, para além dos modos online e dos modos offline que nos permitem competir contra a AI do jogo, que em dificuldades mais baixas se encontra muito agressiva, ou contra amigos em competições amigáveis, como é o caso da Liga Bancada F1, temos ainda a adição do modo split screen que, infelizmente, sofre um pouco devido à capacidade de processamento da consola.
Considerações Finais
No geral, em F1 2020 existiu uma boa evolução quando comparado com o ano passado. Adições como o modo My Team ou o melhoramento do Modo Carreira ajudaram a que o jogo ganhasse um novo folgo. A Codemasters melhorou ainda o controlo de tração [TC], algo que foi alvo de muitas queixas no ano passado, tornando a condução melhor para quem joga de volante.
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F1 2020 acaba por se tornar um jogo aberto a mais pessoas com adições de modos mais completos para a jogabilidade offline bem como com a adição de o pass de época onde podemos ganhar novos itens cosméticos. Para além disso a diversão online continua e a experiência para os amantes de F1 e simuladores de desporto automóvel continua a ser uma das melhores e mais divertidas do mercado.
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N.R.: A análise a F1 2020 foi realizada numa PlayStation 4 com acesso a uma cópia física do jogo, gentilmente disponibilizada pela Ecoplay.