O trabalho que a Nintendo tem vindo a desenvolver há mais de uma década ao promover alguns dos melhores videojogos desenvolvidos por estúdios independentes, tem vindo não só a abrir mais o leque ofertas de qualidade aos jogadores que seguem fielmente a marca, assim como também a dar maior projeção a jogos de qualidade claramente mais do que comprovada, mas que por algum motivo poderiam não ter a mesma visibilidade caso não fosse dada uma oportunidade de maior exposição.
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O preconceito relacionado com jogos produzidos por estúdios independentes tem vindo a diminuir. As vendas de alguns sucessos instantâneos têm vindo a comprovar isso mesmo, contudo quando o género se distância do que o mercado geralmente considera comum, há, e continuará a haver certamente, uma grande relutância na forma como estes jogos são recebidos principalmente nas lojas digitais. Com a ajuda destas apresentações, onde usualmente são feitas de forma especificamente bem-adaptada ao público alvo, tentando explicar o conceito de cada jogo, dado a voz aos produtores ou mostrando alguns minutos de jogabilidade, o risco de se perder bons jogos mesmo não tendo sido financeiramente apetrechados, é bastante reduzida. E foi o que sucedeu.
Plataformas e quebra-cabeças
Na última apresentação Indie World, a Nintendo deu a conhecer Evergate, um jogo de aventura de plataformas com elementos de resolução de puzzles e quebra-cabeças. Neste jogo, o jogador controlará Guie Ki, uma alma que se vai encontrando com memórias do passado conforme vai ultrapassando por vários obstáculos através de cristais dispostos pelos vários dos cenários. De narrativa simples, Evergate transmite uma mensagem especial, mesmo embora não seja esse o elemento mais forte da experiência.
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Mecanicamente é disposto de várias componentes, e o processo de disposição de cristal em cristal é robusto. A jogabilidade é boa e a refinação de controlos é notável. O objetivo é, portanto, bastante simples, atravessando de cristal em cristal, com uma única utilização cada um, por níveis com detalhes visuais assinaláveis e várias animações em simultâneo, são ambas de profunda admiração para um jogo de investimento reduzido.
Tudo em cada cenário é muito bem posicionado
A componente de quebra-cabeça/puzzle passa essencialmente pela única utilização de cristais para a condução da personagem Ki pelo cenário. Cada cristal está objetivamente bem posicionado para colocar o jogador a pensar em cada jogada antes de efetuar a ação. A dificuldade é gradual e o processo de aprendizagem do jogador é bem feita, o que levará a que qualquer jogador com um grau de experiência diferente se sinta em constante crescimento e evolução de nível para nível.
Cada cenário para além do objetivo óbvio de conclusão à chegada da porta que dá por encerrada o fim de cada nível, possui também elementos que fazem a personagem evoluir, contudo, se por um lado a tarefa de alcançar a porta de final de nível já é por vezes difícil, estes extras que se encontram por todo o cenário, acabam por exigir um planeamento mais rigoroso e cada jogada terá de ser feita com mais perícia.
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Sem problemas técnicos de desempenho, Evergate dispõe de uma longevidade aceitável para um jogo do género de plataformas, com uma duração média para campanha principal e ainda com várias missões opcionais que podem oferecer ainda mais desafio a quem ainda não tiver dado por encerrado todo o envolvimento com o jogo.
Considerações Finais
Evergate é mais um título desenvolvido por um estúdio independente que se mostra capaz de se bater juntamente com os pesos pesados do mercado. É título ótimo para curtas sessões de jogo não só pelo género que possui, mas também pela forma descomprometida como se afirma.
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A história embora tenha uma mensagem especial, não é o seu foco, portanto, quem deseja apenas um jogo divertido de plataformas, com boas estruturas para lhe fazer pensar antes de executar cada ação de como ultrapassar cada cenário, é sem dúvida um belíssimo jogo. Tem ainda como bónus visuais incríveis e uma jogabilidade bem refinada, o que para jogos desta natureza não poderiam combinar melhor.
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N.R.: A análise a Evergate foi realizada numa Nintendo Switch com acesso a uma cópia do jogo, gentilmente disponibilizada pela PQube Games