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Análise Disintegration

Disintegration é um produto que, estranhamente na indústria dos videojogos hoje em dia, faz algo diferente. É um jogo de tiros em primeira pessoa e ao mesmo tempo é um jogo de estratégia em tempo real que tem uma campanha longa e uma vertente multijogador relativamente competente se conseguirmos entrar num jogo. Mistura um pouco de tudo e algumas coisas são bem feitas, mas outras nem tanto. Será que o seu todo nos dá a experiência que queremos – ter um mundo envolvente e mecânicas que valham a pena?

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A equipa por trás deste titulo é a V1 Interactive de Marcus Lehto, um dos criadores da série Halo da Microsoft. Trazendo o selo “Marcus Lehto” acabamos por ficar um pouco desiludidos por Disintegration não ser um FPS puro com forte componente de história.

É importante olhar para o nome de Marcus Lehto porque o seu envolvimento no jogo foi um dos principais pontos de conversa ao falar de Disintegration. De resto, ao nível do marketing, passou um pouco despercebido numa altura em que foi lançado um dos jogos mais esperados desta geração (The Last of Us Part II estamos a olhar para ti).

FPS e RTS? Mistura explosiva?

A mistura entre géneros FPS e RTS que falamos é algo totalmente novo, mas também confuso. Pilotamos uma pequena nave, a Gravcycle que embora tenha poder de fogo serve, principalmente, para nos mover no mapa e controlar unidades no mapa que, por sua vez, usamos para dizimar inimigos. Sobrevoamos e analisamos os objetivos do mapa e com estas unidades, ao usar o R1 e os botões frontais do DualShock 4, controlamos as suas ações. Podemos ordená-los para apenas disparar (o ataque mais básico) ou até controlar as suas habilidades (como granadas e morteiros)… temos também que curá-los. Isto tudo num modo de estratégia em tempo real.

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O mundo criado, bem como as personagens, tem algumas semelhanças com Destiny (o que não nos desagrada em nada). Para interação, com as diferentes personagens e com o jogo, existe um hub onde podemos interagir nas mais variadas maneiras, quer seja conversar ou até escolher missões. No seu todo, a história num mundo pós-apocalíptico não convence já que não é profunda o suficiente para nos manter interessados num modo single player que é longo demais. Podemos mesmo dizer que é uma história desinspirada onde até se apresenta com um bom começo, tendo em conta as cinemáticas iniciais, mas que não demora muito tempo a cansar. Por vezes temos missões que demoram imenso tempo, mas sem razão de ser até porque os últimos objetivos são banais e não trazem real valor à narrativa. Algo que só acontece quando estamos no nosso hub a conversar com os nossos camaradas de luta.

No seu aspeto, não muito polido, a arte gráfica não fascina, mas não desilude… mas de novo, não é nada do outro mundo. O ambiente é pouco povoado e só o fica depois de termos o objetivo traçado nessa direção porque de resto é demasiado vazio. Temos alguns problemas de IA dos nossos aliados em cumprirem rapidamente as nossas ações, mas primordialmente notamos que a mesma falha nos inimigos que, por vezes, andam num desnorte completo à nossa procura e estamos mesmo ali em frente deles. O som ambiente e efeitos sonoros cumprem a sua função imitando os cenários de guerra possíveis neste tipo de jogo, salientando algumas vozes que trazem alguma veracidade ao conflito.

Considerações Finais

Talvez o nome de Marcus Lehto traga algum extra que Disintegration não precisava. É um título que traz algo de novo na mistura de géneros e, se gostam de RTS devem, pelo menos, pesquisar um pouco mais sobre jogo já que a ideia é boa, só é pena que a qualidade técnica não esteja ao mesmo nível. Neste caso é mediana e não deixa muita vontade de repetir missões ou até jogar a vertente multijogador. Até porque quando tentamos apenas conseguimos fazer dois jogos… isto em várias tentativas.

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Por fim, Disintegration tenta contar uma história que para além de não ser a melhor, arrasta-se numa campanha demasiado longa. O título da V1 Interactive já se encontra disponível para PlayStation 4, Xbox One e Windows PC.

Clica na imagem para mais informação sobre as nossas classificações

+ Coragem em misturar 2 géneros

+ No Hub temos alguma noção da narrativa que tentam contar

+ Boas cinemáticas

– Fraco tecnicamente

– História desinspirada

– Combate muito repetitivo

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N.R.: A análise a Disintegration foi realizada numa PlayStation 4 com acesso a uma cópia do jogo, gentilmente cedida pela Best Vision PR