À medida que as gerações vão avançando e as consolas, máquinas ou dispositivos com capacidade de oferecer entretenimento eletrónico vão evoluindo vai sendo cada vez mais difícil de verificar jogos do estilo de plataformas a destacarem-se. O destaque em si não é propriamente obrigatório, o fundamental em jogos de vídeo, seja de que estilo for, é, simplesmente oferecerem diversão e entretenimento, servindo de passatempos.
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Contudo, quando se coloca as mãos em mais um jogo igual a tantos outros, sem nenhuma particularidade verdadeiramente diferenciadora, a dificuldade em oferecer o fruto tão desejado é mais difícil.
Death Tales é um modesto jogo de plataformas com elementos de RPG de acção e aventura, onde o jogador controlará uma personagem – um estilo de ceifador – que vai evoluindo não de nível, mas conforme vai apanhando novos equipamentos, poderes, e novos apetrechos de vida. Visualmente possui um estilo visual em 2D, com cores vivas, cenários movimentados, fundos bem desenhados e com animações vibrantes.
Um título de plataformas sem grandes ambições
Em termos narrativos, é também um título bastante modesto, tendo no início do jogo um propósito interessante, mas que se vai diluindo ao longo do jogo. As mecânicas de progresso conforme os níveis vão sendo ultrapassados decorrem como se de um mapa-múndi se tratasse, podendo o jogador escolher níveis que já tenha ultrapassado, e voltando atrás para enfrentá-los, caso assim o pretenda, com utensílios novos adquiridos mais à frente na aventura.
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Cada nível (num total de 30) apesar de possuir visuais dinâmicos, com cores vivas e ambientes bem mexidos, a forma como as plataformas estão dispostas não oferecem grande diversidade de uns para os outros, o que em pouco tempo de jogo a saturação começa-se a sentir. A diversidade de inimigos também é baixa, repetindo-se caras com bastante regularidade, o que acaba por tornar cada embate uma espécie de reprodução continua do que se vai assistindo nível após nível, apesar do combate e das habilidades da personagem oferecerem alguma energia e um desempenho bastante aceitável.
A capacidade de personalizar a personagem com novas armas e equipamentos é um ponto extra, que vale a pena apostar, contudo, se não fosse por isso, pouco mais haveria a alimentar a que o jogador se sentisse tentado em continuar.
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A jogabilidade apesar de ser divertida, por vezes é um pouco instável, sendo que em modo portátil há por vezes alguns problemas de animações durante a navegação no mapa dos níveis com algumas quebras de fotogramas. Os controlos também nem sempre funcionam conforme é ordenado, dando a impressão de por vezes existir uma espécie de latência, porém, mecanicamente faz lembrar outros clássicos de plataformas de ação, ou os tão amados e carinhosamente apelidados de metroidvanias, sendo por vezes ativo e dinâmico, mas com a repetição dos inimigos, sendo que por vezes mudam de cores, e com aparências diferentes, os movimentos são iguais.
Death Tales não é um jogo difícil, sendo bastante acessível para qualquer tipo de jogador, pecando por vezes até em demasia, o que ajuda a alimentar ainda mais a pasmaceira que rapidamente se apodera da experiência com plataformas amigáveis e inimigos pouco temíveis.
Considerações Finais
Death Tales é um simples jogo de plataformas com alguns estilos misturados que não possui grandes insígnias para um jogador que pretenda uma enorme experiência. É um jogo de baixo orçamento, que possui visuais bonitos, um combate interessante, mas falta-lhe variedade e diversidade de modo a dar uma experiência maior e mais caprichada.
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Tendo isto em mente, se o objetivo é ter em mãos um jogo que não se destaque em nenhuma componente em particular, é um jogo de plataformas de elementos de RPG de ação que não falha, mas que também não brilha. É um título simpático com um estilo semelhante a centenas dentro do catálogo da consola. Se o preço for convidativo, talvez possa valer a pena.
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N.R.: A análise a Death Tales foi realizada numa Nintendo Switch com acesso a uma cópia do jogo, gentilmente disponibilizada pela Evolve PR