Acredito que não exista ninguém que tenha experimentado, jogado ou ouvido falar de Darksiders até aos dias de hoje. Mas para quem não sabe o que é, em cada jogo que jogamos encarnamos como um dos 4 cavaleiros do apocalipse que andam por mundos destruídos por demónios ou mundos corrompidos por um mal maligno, a fazer o que de melhor fazem: Descobrir a raiz do problema e resolve-lo de uma vez por todas, quer seja a bem ou a mal.
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Darksiders saiu originalmente para PlayStation 3 e Xbox 360 a 8 de janeiro de 2010, enquanto que a versão para Windows PC só saiu mais tarde a 24 de setembro do mesmo ano. Passado algum tempo, seria lançado Darksiders: Warmastered Edition para PlyaStation 4, Xbox One, PC e Nintendo Wii U. Estamos em 2019 e é altura de ter Darksiders: Warmastered Edition na Nintendo Switch, 9 anos após o original. Será que vale a pena arranjar este port para a consola híbrida da Nintendo, ou será preferivel deixa-lo debaixo da terra com os demónios do submundo?
Para aqueles que não sabem, a história de Darksiders é sobre morte, guerra, traição e vingança. A humanidade foi criada entre o Céu e o Inferno para manter o balanço do cosmos, para os mesmos não combaterem e acabar com a eterna guerra que têm andado a enfrentar durante milhares de anos. A Charred Council, entidade que criou este balanço, criou sete selos escondidos na terra e quando estes fossem quebrados seriam chamados os 4 cavaleiros do apocalipse… e assim começar o fim do mundo.
Neste título iremos controlar War, um dos cavaleiros que atendeu à “chamada”, mas depois de chegar à Terra nota que os seus irmãos não foram chamados e que as forças do Céu e do Inferno já fizeram estragos suficientes para acabar com toda a raça humana. Depois deste começar a perder os seus poderes pouco a pouco o Charred Council prende War e declara-o como culpado por ter quebrado o selo que fez com que começasse o Apocalipse, quando não era a altura certa. Ainda furioso com as acusações, War pede ao Council para voltar à Terra e descobrir quem é que foi o verdadeiro culpado… só assim conseguiria limpar o seu nome de Cavaleiro do Apocalipse.
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Agora pondo as coisas mais sérias, o titulo baseia-se num jogo de exploração com mecânicas hack-and-slash e uma pequena pitada de elementos RPG com uma mistura de puzzles pelo caminho. Pondo as coisas desta maneira: Imaginem Legend of Zelda e God of War misturados, sai-nos algo deste género. Depois de algum tempo a habituar-nos aos controlos, chegamos a um ;ocal que iremos chamar de Hub, onde terás outras zonas para explorar quando tiveres novas habilidades e armas que irás arranjar durante o teu percurso. No entanto, Darksiders foca-se mais em combates do que puzzles, apesar de termos masmorras que nos irão fazer percorrer tudo para apanhar um certo item que depois temos de usar para acabar com o boss da zona, estilo LoZ.
Armamento pesado
War começa a sua aventura com a sua espada, Chaoseater, e com algumas habilidades de início como um dash que lhe permite fugir rapidamente e a sua gauntlet que lhe dá counter se for premido no tempo certo.
Durante a jornada, poderemos comprar outras armas e habilidades através de Vulgrim, um demónio vendedor que te irá aparecer em certas zonas para te vender novas habilidades, armas ou mesmo puderes onde terás de usar a tua Wrath (uma espécie de barra SP). Este “comercio” funciona com troca de almas que irás ganhando ao derrotando monstros e bosses, abrindo cofres ou até encontrares artefactos que estão escondidos pelo mundo, cada um mais valioso que o anterior. Após comprares as armas, poderás equipa-las a um dos botões do d-pad para trocares à vontade, fazendo com que possas fazer combos com variadas armas, muito parecido com o sistema de Devil May Cry 5.
Verás que de uma maneira ou de outra, as armas irão ajudar em secções de mapas onde anteriormente não as conseguias usar. Como a pistola do War com o nome de Mercy, a foice da Morte e uma crossblade ao estilo shuriken mas com um efeito bumerangue, terás ainda o teu cavalo que te poderá transportar rapidamente para certos locais. Ainda poderás contar com a Chaos Form, um modo onde War se torna num demónio gigante que faz um dano incrivelmente absurdo ao pressionares os botões L e ZR ao mesmo tempo, desde que tenhas a barra de caos cheia.
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Tinha mencionado anteriormente que havia elementos de RPG, algo que talvez eu possa explicar melhor. Ao olhar para os menus, há uma grande quantidade de personalizações e atualizações para War e para as suas armas, sendo que estas irão ganhando mais dano dependendo do uso que lhes dês ao longo do jogo ou pelo facto de as poderes equipar com habilidades passivas que estarão ativas durante a playthrough. Acabas a ganhar mais vida ou almas ao matar com essa habilidade ou tornar-te mais difícil de atingir a um certo custo.
Durante o percurso deste Darksiders: Warmastered Edition não foram muitas as partes que não gostei tanto. Quando aconteceu não foi por culpa do desgin das missões mas sim pelo facto de os controlos para fazer mira estarem demasiado sensíveis. Acabei por perder algum tempo com mortes enquanto me ajustava á mira naqueles locais específicos… é estranho pois durante o resto do jogo a câmara funcionava bem. Estes momentos menos bons coincidem com partes em que tinha de fazer pontaria com a crossblade ou matar anjos e demónios no céu. Felizmente pode-se ajustar os controlos só acho estranho que na versão da Switch estão mais sensíveis que noutras versões que já tinha experimentado.
Na Switch
A versão da Switch infelizmente não traz nada de novo nem algo para chamar à atenção (sem falar do valor que estão a pedir por um titulo já com 9 anos) mas isso não quer dizer que seja um mau port. Durante a experiencia que tive para fazer esta analise, a consola em si funciona perfeitamente para este tipo de jogos, sendo que até existe uma opção que nos permite ter um pouco mais de qualidade gráfica, mas claro sacrificando alguma performance, ou exatamente o contrário, um jogo com uma performance melhor mas com um corte em termos gráficos.
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A versão da switch corre em 1080p na dock e 720p em handheld se tiveres escolhido a opção de melhor qualidade. Caso querias que o jogo corra em 60 fps, o jogo na dock já correrá a 810p e 540p em handheld. Pondo os números de lado, se comparamos visualmente, podemos perceber que existe uma pequena diferença em termos gráficos quando alteramos entre as opções acima mencionados, percebemos também quando vemos alguns dos textos da HUB e nos diálogos se tornam um pouco tremidos. Se compararmos com as outras versões que existem, a da Switch chega aos níveis da PS4 e Xbox One mas com pequenos drops nas sombras e uma luminosidade estranha, mas uma excelente versão para levar para todo o lado graças às suas opções.
Considerações Finais
Darksiders: Warmastered Edition é provavelmente um dos melhores exemplos de como trazer um jogo antigo para uma plataforma como a Nintendo Switch. Dar aos jogadores a hipótese de escolher entre jogar um jogo com melhores gráficos ou com melhor performance foi uma das melhores decisões que a equipa de desenvolvimento poderia ter feito, em vez de meter alguma gimmick que depois poderia se tornar inútil no produto final. Isto tudo com a capacidade de levar o jogo para onde e quando quisermos graças à portabilidade da consola. Se gostas de jogos hack-and-slash, se gostas de jogos apocalípticos, este é um dos jogos que deverás ter na tua biblioteca de jogos.
N.R.: A análise a Darksiders: Warmastered Edition para Nintendo Switch foi realizada com acesso a um código disponibilizado pela THQ Nordic