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Análise Ashes: Um toque de nostalgia que soube a pouco

O estúdio independente Português WindLimit, autores do jogo Talewind lançado na plataforma STEAM em 2016, trazem-nos agora um novo título: ASHES. O estúdio abandona os moldes da sua primeira obra e ataca um novo gênero, esta segunda criação do estúdio segue uma nova receita trazendo-nos um dungeon crawler na primeira pessoa que transmite ao jogador uma sensação sombria logo no momento que a nossa aventura se inicia.

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Para quem já anda nestas andanças há algum tempo, é impossível não ter um ataque de nostalgia dos jogos que se jogava no tempo do MS-DOS e os primórdios dos jogos para Windows PC. Este era o tipo de jogo da voga nessa altura, mas que ao longo do tempo foi ficando esquecido… felizmente temos aqui uma revitalização do gênero com marca nacional.

Sem memória… quem somos? Onde estamos?

Estas são as premissas que vão definir a nossa aventura, à velha forma de um dungeon crawler o jogador tem de navegar por tenebrosas masmorras enquanto tenta recuperar a memória e descobrir o porquê de estar a sofrer neste sinistro local.

De arma na mão, teremos de enfrentar macabros inimigos em lutas corpo a corpo. Serão vários os que irão tentar acabar com a nossa aventura. Mas as coisas ficam mais complicadas pois, infelizmente para o nosso personagem, estes não serão os únicos obstáculos. O jogo é composto por várias áreas onde temos de pôr à prova a nossa agilidade e destreza enquanto saltamos de plataformas e vigas de madeira suspensas a metros dos chão.

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Presos, nas sombrias masmorras…

É assim que começa este título, imediatamente mergulhamos num mundo umbroso como se tivéssemos numa D&D night e o Dungeon Master nos tivesse a narrar toda a história que está prestes a desenrolar-se.

Logo na primeira sala é impossível não reparar na boa escolha do estúdio de usar o Unreal 4 como motor de jogo. A fidelidade gráfica e a boa resolução das texturas tornam este título mais imersivo a um ponto de nos deixar de água na boca para um futuro título com capacidades de VR, fica a dica…

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A maior surpresa que tivemos, durante a nossa análise de ASHES, foi o voice acting presente em todo o diálogo do jogo. Não só pelo o facto de existir mas por ser bem executado, tornando toda a experiência do jogo melhor. Devemos louvar a WindLimit  por ter ido por este caminho, pois foi um investimento que fizeram que realmente entrega os seus frutos no resultado final.

Vale a pena referir também o ambiente sonoro do jogo que, mais uma vez, ajuda a atar todas estas pontas e a trazer tudo junto, resultando numa receita onde o jogador rapidamente fica imerso na aventura.

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Considerações finais

Ashes é um jogo extremamente bem executado e o mérito devido tem de ser dado à WindLimit. É um título que consegue trazer a nostalgia dos antigos dungeons crawlers sem perder a fidelidade necessária nos dias que correm, começando pela qualidade visual até ao incrível trabalho na secção audio do jogo.

Este título sendo lançado na plataforma STEAM possui achievements que é um bom “nice to have”. Adicionalmente, contém também colecionáveis ao longo do jogo, que é uma boa adição, mas no entanto não são muito difíceis de encontrar, sendo possível chegar ao final do jogo com todos ou quase todos sem grande esforço.

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No entanto caso não se consiga apanhar todos os colecionáveis ou todos os achievements em apenas uma playthrough não será preocupante pois é possível iniciar e terminar o jogo em menos de 2 horas. E é aqui que o jogo começa a desiludir o que até então tinha sido uma excelente experiência.

No momento que a história está no seu apex e o jogador está a espera do seu primeiro grande confronto com o primeiro boss, o jogador é presenteado com um breve diálogo seguido dos créditos. É impossível não ficar com a impressão que o jogo acaba abruptamente, e sem o grande “final”. É desvendado o grande plot-twist da história, e assim acaba ASHES.

E aqui este título perde muito do que construiu tão bem durante o jogo. O grande problema nem é a sua longevidade, mas sim a sensação de insatisfação que fica com começam os créditos… “É isto o fim?”.

N.R.: A análise a Ashes foi realizada com acesso a uma cópia da versão final do jogo para Windows PC, gentilmente cedida pela WindLimit. 

Ashes
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Som ambiente
Voice Acting
Imersividade do jogo
Puzzles
“Nice to have” Steam Achievements
Colecionáveis
Final do jogo
Texto das legendas aparece todo ao mesmo tempo, criando uma gigante Wall of text
Não dá para desligar as legendas
6.8
EM 10