Análise 7th Sector

Quantos de nós mergulhamos através dos filmes, jogos e até mesmo livros de ficção científica, imaginando o futuro longínquo em que as máquinas e o estilo de vida humano seriam altamente diferentes do período em que estávamos. Todo este género, sobretudo durante a década de 80 e 90, foi um autêntico sinónimo de pensar fora da caixa e de verdadeira criatividade, sob uma espécie de futurologia baseada em tudo o que pudesse evoluir tal como conhecíamos naquele período.

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No presente, este género tem sofrido um pouco mais. Começa a ser mais difícil imaginar como é que as coisas vão evoluir, sobretudo porque se passa uma grande mudança de comportamentos, em que as redes sociais, a imprensa, e até mesmo o politicamente correto, dominam a ordem do dia, e alteram-se a cada instante. Os criativos das artes têm apostado menos na futurologia longínqua, e quando o fazem, já não surpreendem o grande público, com as possibilidades infinitas da evolução, e tal tenha sido por isso que o termo Cyberpunk, tenha começado a surgir com mais frequência nos últimos anos.

Visual simples, ambiente monótono e cores pouco variadas

7th Sector é um título independente que se enquadra nestes moldes. De visual simples, ambiente monótono, cores pouco variadas e sombrias, sem narrativa e com mecânicas simples, e ao mesmo tempo com várias propostas de avançar na jornada, com puzzles, sequencias de lógica, dilemas matemáticos, e muita interação com os vários objetos espalhados pelos cenários.

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Pela frente, 7th Sector vai oferecer a possibilidade de controlar várias personagens, trocando literalmente de corpo, mas mantendo praticamente a mesma essência da partida inicial. Cada personagem tem obviamente várias capacidades diferentes de ultrapassar os obstáculos que vão surgindo, com ações discretas, mas com os vários dilemas que vão surgindo, quer de enigmas, quer de interagir com os cenários para prosseguir nos níveis. É, portanto, também justo afirmar que cada ação que o jogador execute, essas opções terão implicância, no final do jogo, existindo quatro finais possíveis.

Uma experiência única e longe das propostas populares

O mundo ímpar que 7th Sector e até mesmo a experiência única que é capaz de oferecer, fará os sonhos de qualquer jogador que goste efetivamente de ter novas propostas de jogo, longe dos títulos populares. A ausência de narrativa, deixando essa interpretação para quem o jogar, faz com que a experiência ainda se torne mais desemparelhada com o que existe atualmente no mercado.

Pode ser encarado como um jogo de ação, aventura ou até mesmo de plataformas, com visuais em 2.5 dimensões, o jogo começa com o jogador a ter de comandar uma espécie de faísca de energia, que se vai deslocando através de cabos de eletricidade, e a dificuldade principal de toda a jornada de 7th Sector é basicamente a resolução dos vários puzzles e enigmas que vão surgindo pelo caminho.

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7th Sector não apresenta problemas de maior. A proposta é bastante simples, talvez até de mais, mas será praticamente isso que o sentenciará. Nota-se, porém, alguns picos de dificuldade, alguns puzzles um pouco desajustados, e algumas pequenas falhas de menor importância.

Considerações finais

7th Sector é de facto um jogo diferente do que habitualmente chega ao mercado. Obscuro, futurista e monótono, que oferecer uma jogabilidade onde mistura plataformas, com puzzles, e pouca ação. Não será um jogo que agradará a todos, mas quem gosta destas características, poderá se envolver neste título que não nutre nem mostra altos investimentos de produção.

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Apesar de 7th Sector se marcar pela diferença, é natural que não se torne marcante, e que rapidamente passe a ser lembrado como uma simples aventura após ser terminado. A ausência de narrativa, a falta de personagens vincadas, e a não presença de uma clara cena de destaque, fará com que passe rapidamente para segundo plano na hora de ser recomendado a qualquer jogador pois destina-se unicamente a quem procure uma proposta especifica.

N.R.: A análise a 7th Sector foi realizada numa Playstation 4 com acesso a uma cópia do jogo, gentilmente disponibilizada pela Evolve PR

 

7th Sector -
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Várias formas de abordagem com vários finais
Proposta simples e de rápida aprendizagem
Visuais e estrutura de todos os cenários…
O jogo não vai agradar quem não procure especificamente este tipo de proposta
Alguns picos de dificuldade durante a jornada
Pequenas falhas técnicas
2.5
Tiago Marafona: Um autêntico fã de RPGs japoneses e um belo apreciador de jogos de plataformas. Nunca diz não aos clássicos Super Mario, The Legend of Zelda e Final Fantasy. É também um acérrimo admirador do trabalho do Ryu Ga Gotoku e da Monolith Soft.
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