A Microsoft realizou ontem a segunda edição do evento Ativar Portugal. Se parte do encontro foi dedicado à discussão da ideias sobre como pode Portugal afirmar-se como um núcleo tecnológico e de empreendedorismo internacional, o dia também foi pensado para que as startups pudessem ter um lugar ao sol.
Porque no final de contas o programa Ativar Portugal é isso mesmo: uma iniciativa que foca-se sobretudo no apoio, no desenvolvimento de startups portuguesas e na sua ligação com potenciais clientes.
O diretor-geral da Microsoft Portugal, João Couto, partilhou mesmo um impacto mais direto que houve com algumas jovens empresas. Se do lado da multinacional havia interesse em disponibilizar serviços tecnológicos, muitas delas recusaram o convite pois “não podiam importar-se menos”. Já tinham a sua própria tecnologia e o apoio que procuravam era outro.
Um ano depois do lançamento da iniciativa “quase todo o ecossistema de startups em Portugal já faz parte do programa Ativar”, congratulou-se João Couto. “Isto já não é sobre as startups portuguesas. A nossa missão são as startups em Portugal”, concluiu.
No mundo do empreendedorismo e das candidaturas a incubadoras e aceleradores de negócio, muitas vezes as startups têm cinco, três ou até um minuto apenas para explicar no que consistem e o que valem os seus negócios.
O FUTURE BEHIND decidiu conhecer algumas das jovens empresas tecnológicas que são apoiadas pelo programa Ativar Portugal e dá-lhe aqui a conhecer dez. Só vai precisar de três minutos para saber o que fazem.
Atiiv: Um sistema de gestão dedicado para personal trainers. A ferramenta disponibiliza num só local a informação relevante de cada pessoa que o PT acompanha e permite perceber qual a evolução que está a ser feita em termos de objetivos físicos.
Winwel: A empresa desenvolveu um componente eletrónico que pode ser integrado em casas durante o processo de construção para transformá-la numa smart home. O hardware, chamado de Dona, tem ainda um mini-servidor próprio que permite a automatização de tarefas.
LearningHubz: É uma plataforma de vídeos online destinada às empresas e aos seus colaboradores. Os conteúdos que agrega permitem aos trabalhadores elevarem os seus soft skills em áreas como a apresentação em público.
Knok: Não podia ter um slogan mais chamativo – a Uber dos médicos. O serviço permite chamar através de uma aplicação móvel um médico até sua casa. Há informações sobre os preços e as especialidades dos médicos disponíveis naquele momento.
JiTT.travel: A empresa criou um serviço de turismo que tem por base o tempo disponível para visita. Imagine que está entre voos na cidade de Barcelona e que tem cinco horas disponíveis. A aplicação vai sugerir-lhe o percurso mais rico em termos turísticos. Em breve vai permitir que os utilizadores criem roteiros para outras pessoas.
GroundControl: A startup desenvolveu uma plataforma de realidade virtual que está focada na promoção turística e também de imobiliário. A cidade do Porto é uma das que já pode ser ‘visitada’ em 360º usando a tecnologia da empresa.
ClimberHotel: É uma plataforma de gestão focada na maximização de receitas para hotéis. Permite ajustar as tarifas de forma dinâmica não só relativamente aos quartos, mas também de outros serviços que a hotelaria de três e quatro estrelas possa ter.
Abyssal: É uma solução de realidade aumentada criada especificamente para sistemas submarinos operados remotamente. Devido à especificidade da solução todos os seus clientes são internacionais.
WatGrid: Um sistema que monitoriza a produção de vinho e também de cerveja. A startup desenvolveu hardware que é colocado nas cubas e que analisa elementos como a temperatura, a cor e o nível de álcool. Se algo estiver a correr mal na produção envia alertas ao utilizadores para que sejam tomadas providências nesse sentido.
Tap My Back: Os números não mentem: 64% dos trabalhadores que trocam de trabalho admitem fazê-lo em parte pela falta de reconhecimento e incentivo. Esta aplicação permite criar um sistema interno de reconhecimento pelos bons trabalhos que são feitos.