Quando pensamos em bicicletas, mesmo as elétricas, que se dobram a imagem que temos são designs mais pequenos, geralmente com pouca autonomia e que acabam por ser mais lentas que bicicletas maiores. A Engwe está a desafiar esse conceito com alguns dos seus modelos, principalmente a Engwe Engine X.
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A Engine X é uma bicicleta dobrável, com uma autonomia de até 120Km e que pode ainda transportar uma bateria secundária de forma a aumentar a distância possível de percorrer. E não, não é pequena, mas a facilidade de arrumação é impressionante devido ao design conseguido. Uma excelente opção para andar na cidade, mas capaz de aguentar qualquer tipo de terreno… mas vamos por partes.
Características técnicas da Engwe Engine X
- Material: Liga de alumínio 6061
- Motor: 250W Brushless
- Torque: 55 N.m
- Bateria: De Lítio, removível com 48V 13Ah
- Pneus: 20 x 4.0 (Largos)
- Velocidade máxima: Bloqueado a 25KM/H (Pode ser desbloqueado)
- Autonomia máxima: 120KM
- Tempo de carga: ~6.5 horas
- Travões: Disco frontal e traseiro de 160mm
- Trasmissão: 7 mudanças Shimano
- Ecrã: LCD
- Peso: 31.7KG (69.8lbs)
- Capacidade de carga: 150 quilogramas
- Comprimento: 170.4cm
Autonomia
A autonomia da Engwe Engine X, como a de qualquer outra bicicleta elétrica, vai variar tendo em conta fatores como o quanto querem pedalar, o quão rápido querem ir e claro, até o tipo de terreno, peso do utilizador, e a força que o motor precisa de fazer. Com uma autonomia que pode durar até 120 quilómetros, sem necessidade da tal bateria extra, a verdade é que mesmo sem dar aos pedais e a uma boa velocidade a bicicleta aguenta uns bons quilómetros… o suficiente para ir de casa ao trabalho e voltar a casa sem preocupar em ter que carregar ou pedalar.
A uma velocidade média de 35 km/h, sempre em alcatrão, consegui fazer cerca de 20km sem me preocupar muito em pedalar, isto devido à capacidade da bateria, mas também ao sistema que a bicicleta tem que permite acelerar e controlar a velocidade através do punho direito, como se de uma pequena mota se tratasse.
A Engwe Engine X permite-nos alterar a força que o motor faz entre 5 modos, se da primeira vez a potência usada foi a máxima, a segunda carga teve um destino diferente. Com a potência no terceiro modo, foi altura de dar aos pedais. Com esforço mínimo a velocidade máxima da bicicleta era antiga e nem pequenas subidas foram um obstáculo, mas se fossem bastava alterar o modo do motor sem grandes dificuldades através dos botões no punho esquerdo.
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Durante este teste a Engine X conseguiu fazer um total de 102KM numa única carga, algo surpreendente… nunca esperei que aguentasse tanto tempo.
Importa ainda referir que a bateria demorou cerca de 6 horas a carregar de ambas as vezes e que é facilmente retirada da bicicleta, algo positivo quer na altura de carregar, quer na altura de deixar a bicicleta parada fora de casa.
Design
Tal como disse no início, as bicicletas dobráveis são geralmente pequenas e pouco confortáveis de usar durante longos períodos. A Engwe Engine X é o contrário, tem um tamanho considerável, é fácil de arrumar, confortável de usar mesmo em viagens maiores e aparenta ser tudo menos uma bicicleta que dá para dobrar.
Mal tirei a Engine X da caixa consegui perceber que a qualidade de construção da bicicleta não foi posta em causa para conseguir este design. O material usado é resistente e, explica a marca, que inúmeros testes foram realizados para ter a certeza que a bicicleta era segura (algo necessário para que possa ser comercializada na Europa). Dobrável, rápida e preparada para qualquer tipo de terreno devido ao facto de estar equipada com suspensão traseira e frontal, algo que faz com que as viagens por estradas de terra batida, ou até alguma aventura mais radical continuem a ser confortáveis.
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Algo bastante interessante no design da Engine X é a base que tem no topo da roda traseira, algo que geralmente fica a contrastar com bicicletas com um aspeto mais “radical”, mas não é o caso aqui. Bastante bem inserida no resto do corpo da bicicleta, esta base pode ser bastante útil, não só para transportar a bateria secundária mas também para colocar um dos sacos disponíveis no site da marca de forma a conseguirem usar a bicicleta para, por exemplo, ir ao supermercado.
Velocidade
Não há muito a dizer sobre a velocidade da Engwe Engine X. Ao retirar da caixa vem bloqueada ao máximo de 25 KM/H, uma velocidade que já é bastante aceitável para uma bicicleta e que nos permite andar na cidade de forma segura e rápida, principalmente em zonas com mais trânsito. No entanto, caso queiram experimentar a Engine X em zonas sem trânsito e com as devidas proteções (por favor usem capacete, é possível desbloquear a velocidade até a um máximo de 53 KM/H, algo impressionante para uma bicicleta.
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Não vou explicar como o fazer, mas uma simples pesquisa no Google vai ensinar-vos os passos que precisam de seguir. Tenham apenas em atenção que a bateria desaparecer com alguma velocidade e que não devem andar a esta velocidade em zonas com pedestres, em passeios ou até mesmo em ciclovias, metam a vossa segurança e a dos outros em primeiro lugar.
A Engine X é bastante rápida a atingir a velocidade máxima, e com o motor no máximo da sua potência e com o modo onde a velocidade é controlada através da rotação do punho direito, nota-se a força da bicicleta e aconselho a que comecem com modos de motor mais fracos caso nunca tenham andado numa bicicleta elétrica e vão subindo estes modos e até a velocidade à medida que se vão habituando à forma de conduzir o veículo de duas rodas que passaram a ter.
Considerações Finais
No geral, fiquei bastante impressionado com a qualidade da Engine X e vejo-me a trocar o carro pela bicicleta para grande parte das minhas viagens de curta duração… principalmente durante o verão.
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Uma bicicleta confortável, com um tamanho e peso capaz de nos dar algum sentido de segurança e pronta para terrenos que vão da cidade aos trilhos no meio da serra. Com um preço a rondar os €1300, a Engwe Engine X pode ser encontrada no site da marca e também no Amazon ES, estando disponível nas seguintes cores: vermelho, branco e preto.
