PRONTY

PRONTY – Análise

Cidade de Royla, uma metrópole subaquática antes albergava uma próspera civilização, uma Atlântida do futuro por assim dizer, é invadida por monstros mutados pelo lixo tóxico dos oceanos. Uma ameaça sem precedentes que se não for enfrentada, poderá acabar com o resto que falta de Royla. É aqui que entram os nossos protagonistas, Pronty, uma guardiã do mar geneticamente construída que luta lado a lado com Bront, o seu parceiro barracuda robótico que é a nossa arma de arremesso nesta árdua batalha.

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Esta dupla tem agora de descobrir o porquê desta súbita invasão e descobrir também os segredos por trás das origens de Pronty.

Metroid”indie”vania

Ultimamente têm saído muitos jogos indie deste género e um dos pais de todos, o AAA Metroid Prime Remastered foi lançado recentemente, cimentando os metroidvania no topo dos jogos mais escolhidos pelos amantes de videojogos. Pronty é mais um na lista que têm este princípio, mas com o seu próprio twist.

O twist aqui é que jogamos num ambiente subaquático, não existem saltos em plataformas e encontramos cenários, obstáculos e momentos que podemos encontrar num oceano. Ao explorar, encontramos os típicos upgrades: vida e stamina são encontrados ao longo do mapa, mas com a diferença que estão ligados ao mesmo colecionável. Ao encontrar 3 itens, dá-nos a opção de fazer upgrade a um ou outro, temos de escolher e pensar bem no que precisamos.

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Stamina é usado para os nossos golpes especiais e para o nosso dash, um pico de velocidade que é uma mecânica chave na locomoção e em combate. Mas a mesma escolha existe para outros upgrades: em Bront, por exemplo, o método é o mesmo, mas a opção é entre o dano que ele pode provocar e o heat, o seu equivalente de stamina. Se Bront aquece muito, o que acontece se o usarmos muito de seguida, ele fica inutilizado durante uns momentos. O resto é muito semelhante aos outros títulos do género, apanhamos habilidades para abrir outras portas, e muitas delas para personalizar as características de Pronty.


Um passeia, o outro mata

Já que Pronty é uma criatura marinha, não a controlamos como um personagem normal num jogo de plataformas, a locomoção é completamente diferente. Quando nos jogos penso em níveis aquáticos até tremo, porque geralmente é minha parte menos preferida de um jogo, muito por culpa dos controlos ou a física associada ao meio aquático.

Felizmente aqui não temos nada de muito complexo e o movimento é natural e ainda bem que esta decisão foi tomada, porque se é algo que não nos temos de preocupar num jogo é a base, o simples movimento do personagem. Nunca senti que ao receber dano, que tivesse sido porque a nosso controlo num corpo de água fosse má e assim podemo-nos focar na exploração e combate.

Em combate é quando se nota algo de diferente neste metroidvania.

Como referi anteriormente, temos um parceiro, Bront que é uma barracuda robótica e é em simultâneo, a nossa arma de arremesso contra as criaturas que vamos encontrando. Ele segue-nos naturalmente e para o mandar atacar, miramos a direção com o analógico direito, pressionamos o gatilho e lá vai ele parecendo um arpão. Depois, ao continuar a pressionar o gatilho, ele continua a atacar e dando-nos espaço e foco para nos desviarmos dos ataques inimigos.

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Uma das mecânicas mais interessantes incita-nos a fazer dash por um inimigo e essa ação acaba por marcá-lo, e ao lançar Bront, esse ataque faz mais dano ou outros efeitos que são possíveis. Esta habilidade incentiva-nos a atacar mais de perto em vez de lançar Bront de longe, dando-nos também mais opções contra mais que uma criatura.

Bront ganha mais movimentos ao longo da aventura e uma das mais importantes (e das que mais usei), a capacidade de girar à volta de Pronty, que a defende de projéteis. Pode ser simples, mas sem dúvida eficaz.

Cidade destruída, mas lindíssima

Pronty tem um excelente aspeto graficamente, um jogo que é baseado ou passado num oceano deve ter muita variedade de cenários e aqui não é exceção. A arte, parece quase pintado à mão, com cores garridas e excitantes e com filtros muito interessantes em certas zonas. Começamos numa formação de cavernas, uma área “básica” o suficiente para iniciar um jogo, mas rapidamente chegamos à cidade e encontramos ambientes que são uma mistura de natural com o artificial. Existem imensos detalhes no mapa e os sprites, tantos dos protagonistas, criaturas e bosses estão extremamente cuidados e bem feitos notando criatividade na produção do jogo.

A nível sonoro, a música destaca-se, embala-nos enquanto exploramos os labirintos submarinos e enerva-nos quando combatemos os enormes bosses que estão no nosso caminho e ata todo o ambiente para o jogador.

Considerações finais

Não sabia o que esperar deste jogo, mas Pronty é uma excelente experiência metroidvania que surpreende pelo conjunto de todas as suas partes. Ultimamente temos tido vários indies deste género que, com algumas mudanças, trazem algo de novo e que resulta, alargando o leque de bons títulos para quem é fã destas experiências.

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Nem tudo é bom ou polido. Há pequenas coisas que não resultam muito bem, como em modo portátil, as legendas e o texto é bastante pequeno, por vezes Bront fica preso em algum lado e não o conseguimos chamar (numa situação, tive de reiniciar o jogo porque estava impossível de o chamar).

nota 4

Os estúdios 18Light Game e a FunZone Games, com Pronty, juntaram mais um bom título à lista de indies que definitivamente têm de jogar.


+ Arte e design gráfico
+ História simples, mas interessante
+ Um jogo a recomendar aos fãs do género

– Bront fica preso no cenário
– Texto fica pequeno em modo portátil

N.R.: A análise a Pronty foi realizada numa Nintendo Switch com acesso a uma cópia do jogo cedida pela Decibel-PR.