Longe vão os tempos em que a designação de caixa mágica aplicava-se em exclusivo aos televisores. Para muitas pessoas agora a sua principal caixa mágica é o monitor do computador – seja no trabalho ou em casa. O Philips BDM3275UP pelas características que apresenta é uma destas novas caixas mágicas – ou não fosse ele um monitor 4K e que suporta uma taxa de atualização de 60Hz nesta resolução.
Apesar da qualidade evidente, podemos já adiantar que não é um ecrã para todos os utilizadores: destina-se ao segmento profissional e será necessário ter tarefas em que tira partido de todos os píxeis para justificar o investimento que começa nos 1.029 euros, dependendo da loja onde o adquirir.
O processo de montagem é relativamente simples e não demorará mais do que dez minutos: apenas é necessário colocar a base no suporte vertical e colocar por sua vez o suporte na parte traseira do monitor.
Dado o seu tamanho de 32 polegadas ainda tem um peso considerável, cerca de 11 quilogramas, mas é aí que notará logo um dos seus elementos positivos: o sistema de elevação torna este monitor numa pluma.
Sem grande esforço consegue arrastar para cima e para baixo o ecrã que há uns minutos lhe tinha custado colocar na secretária. O movimento de deslize é suave e permite ao utilizador controlar com precisão a posição que quer para o ecrã.
Outro dos aspetos que nos chamou a atenção de forma positiva é o facto de podermos baixar quase até ao nível da mesa o ecrã. Isto faz com que um ecrã de proporções generosas ocupe menos espaço no campo de visão, o que é algo positivo do ponto de vista do utilizador – assim como a possibilidade de colocar o ecrã na vertical.
Em termos de design o Philips BDM3275UP apresenta-se com um aspeto sóbrio: design retangular, de cor escura, sem grandes arestas e sem elementos ‘radicais’. Apesar da sua presença discreta o suporte vertical curvado, assim como a base de apoio, ajudam a conferir-lhe um aspeto moderno e que ficará bem tanto em escritórios de estilo clássico ou moderno. A construção é maioritariamente em plástico fusco.
Depois começam os aspetos técnicos a destacar-se. Como tem um painel com uma resolução de 3.840×2.160 píxeis, é quando lhe ‘atiramos’ conteúdos em 4K que conseguimos extrair toda a qualidade do Philips BDM3275UP. Aí os conteúdos ganham outros contornos e a qualidade do monitor salta à vista.
Mesmo com conteúdos de menor qualidade, em Full HD por exemplo, já pode atestar a vivacidade das cores que o ecrã produz, bastante reais e sem exageros. Os ângulos de visão muito generosos são outra característica positiva deste equipamento – a marca fala em 178/178º.
As cores ganham também graças à incorporação de tecnologia de 10-bits que na prática ajuda a criar uma melhor ligação entre os tons, criando melhores degrades. O brilho generoso do ecrã – pode chegar aos 350 cd/m2 – também contribui para a vivacidade das cores.
O monitor Philips BDM3275UP traz um sistema de som integrado. Apesar de ser bem-vindo, não convenceu: a dispersão do áudio é pobre, assim como a sua definição. Pode dar jeito para fazer uma ou outra demonstração rápida, mas para um ambiente de trabalho vai sempre procurar ter uns auscultadores ligados ao computador ou até mesmo usar o sistema de som do PC se for bom.
Já no campo da conectividade o equipamento apresenta várias portas multimédia – quatro USB 3.0, uma ethernet, entrada de áudio, VGA, Display-Port, MHL, HDMI 2.0 e DVI. Apesar da ‘boa oferta’ gostaríamos de ter visto mais uma ou duas entradas HDMI pois quem faz um investimento destes acaba por querer rentabilizar o monitor de outras formas e com vários dispositivos.
Apesar de ter apenas uma porta HDMI o Philips BDM3275UP tem um modo Multiview que permite ligar dois computadores em simultâneo para criar uma experiência multitarefa mais rica – consegue ter dois ambientes de trabalho lado a lado.
No geral é um equipamento de grande qualidade, mas destina-se sobretudo a todos os que fazem produção e edição de conteúdos multimédia ou que têm uma grande necessidade de multitasking. Este não é, por exemplo, um monitor para usar no gaming. Tem tecnologia Flicker Free, que ajuda a reduzir as cintilações do ecrã, mas faltam-lhe as tecnologias dedicadas de sincronização para poder ser considerado como um bom candidato nesta área.
As cores vibrantes e os recortes detalhados dos elementos das imagens são os aspetos que se destacam, com o Philips BDM3275UP a apresentar-se bastante flexível nos ajustes.