Rise Eterna

Rise Eterna – Análise

Alguns dos principais problemas que o género RPG tem vindo a enfrentar nos últimos tempos tem sido devido a estruturas pobres, com fracos corpos narrativos e mundos franzinos. A sensação que tem sido transmitida, principalmente em projectos de orçamentos menores, é que o tempo que seria necessário para serem criadas estruturas com raízes firmes – com cabeça, tronco e membros, acabam por não se poderem materializar devido à falta de mão de obra. O que pode estar em causa é sobretudo a rapidez com que a indústria actual de entretenimento está a avançar, onde duração de cada lançamento tem sido cada vez inferior, tornando-se cada vez mais passageira e de rápido consumo. E os RPGs tácticos não fogem a este problema.

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Rise Eterna é claramente um jogo inspirado nos destaques do género de RPG tácticos, onde pretende transportar o jogador para cenários de guerra, onde será o próprio a mexer as suas peças, tal como de um tabuleiro se tratasse, para obviamente sair vitorioso. No foco da história estão Lua, uma jovem habilidosa de passado obscuro que vê a sua aldeia ser completamente devastada por um grupo de bandidos.

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Natheal, um veterano espadachim e o segundo protagonista da história, que acabou por cometer vários erros para conseguir sobreviver da crise, e apesar de pertencer ao bando de mercenários que provocou o mal à aldeia de Lua, este não se encontrava no momento do ataque, em que Lua acabou por arrasar todos os malfeitores. Ambos – Lua e Natheal, acabam por se entender e formar um grupo para uma luta onde o Império de Atenas tem o domínio absoluto, e por fim à profunda desigualdade entre os povos.  

Rise Eterna com inspiração em vários RPGs táticos

Com um enredo que não transmite inovação, Rise Eterna busca praticamente todos os clichés em jogos do género de RPG táticos, contudo com um universo muito inferior que construíram alguns dos clássicos do estilo.  A inspiração é notável, algumas personagens possuem algum carisma, há diálogos interessantes, mas no somatório, o enredo é ténue.

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No campo de batalhas, a possibilidade de personalizar personagens, fortalecendo-as, num total de 14 personagens que vão sendo desbloqueadas progressivamente. O avanço é feito através de um mapa, onde o avanço e o recuo de casas vão surgir em novas batalhas. Com a experiência obtida nos campos de batalha, existe uma árvore de habilidades que podem ser desenvolvidas, onde cada personagem ficará obviamente mais forte, com novos ataques. A gestão de novos equipamentos também oferece alguma diversidade para quem gosta de personalizar, e experimentar vários modelos.

Os campos de batalha também não se diferenciam dos jogos que influenciaram Rise Eterna, sendo que os inimigos se distribuem pelos cenários visualmente simples, com armadilhas por vezes colocadas estrategicamente para complicar algumas missões.  No momento de cada embate contra os inimigos, existe uma animação onde as personagens efectuam a acção do ataque, uma clara referência a Fire Emblem. Já sobre a inteligência artificial que alimenta cada batalha, Rise Eterna também não se destaca nesta matéria, sendo bastante simples, pois os inimigos apenas se limitam a atacar quando as unidades do jogador se encontram relativamente próximas, o que por vezes torna as sessões um pouco aborrecidas, devido a alguns cenários de ampla dimensão, e vários momentos de momentos de larga passividade.

Considerações Finais

Rise Eterna é uma mistura de vários RPG tácticos, com um universo simples, uma história mediana, mas com batalhas que podem oferecer alguma diversão, caso o jogador goste de acção, e mexa constantemente nas suas peças de forma ofensiva. Há um total de 14 personagens diferentes, mas o foco vai obviamente para Lua e Natheal, onde a dupla se destaca por completo das restantes que vão surgindo com o desenrolar da história de Rise Eterna.

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É um jogo que encaixa na proposta da Nintendo Switch, com batalhas que podem ser vagarosas, e que não obrigam a pressas, nem a grandes estratagemas, pois a morte permanente de personagens não está presente, apesar das várias inspirações em Fire Emblem.

+ Uma proposta leve para novos jogadores no género

+ Árvore de habilidades bem composta

+ 14 personagens disponíveis

– Enredo débil que recai em clichés do género

– A inteligência artificial é demasiado pacifica

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N.R.: A análise a Rise Eterna foi realizada numa Nintendo Switch com acesso a uma cópia do jogo, gentilmente disponibilizada pela Forever entertainment

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