Lançado originalmente em 2007, Crysis teve um grande impacto na indústria, muito graças ao seu salto tecnológico capaz de levar os melhores PCs ao limite, que durante bastante tempo servia até como termo de comparação de hardware: “Can it run Crysis?”. Era na altura um jogo realmente inovador, tanto em termos visuais como ao nível de jogabilidade, com uma simples história sobre uma descoberta feita no ano 2020. Haveria melhor ano para o trazer de volta ao mercado?
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Ninguém o imaginaria na altura, mas é precisamente esse Crysis que agora se encontra jogável numa portátil, numa versão “remasterizada” para a Nintendo Switch, mas que é, tecnicamente, pouco mais do que uma adaptação do original.
É seguro dizer que o Crysis Remastered na Nintendo Switch está longe de se parecer com a versão que ainda se encontra a caminho das restantes plataformas. Mesmo assim, considerando as limitações da consola híbrida da Nintendo, encontra-se aqui o que pode ser considerado um bom trabalho, no que diz respeito ao desempenho. Em vez dos visuais mais detalhados, a Crytek apostou num frame rate estável, o que ajuda a manter a fluidez do jogo ao longo de toda a experiência. Ironicamente, logo a seguir a muitas das sequências de combates, durante o autosave, são notáveis as quebras na renderização.
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Como referido, em termos visuais este poderá estar longe do melhor que se vê na Nintendo Switch, mesmo em termos de jogos FPS, contando com um aspeto datado. Por outro lado, da experiência em modo portátil para o modo TV muda apenas a resolução, contando com aproximadamente o mesmo número de elementos visíveis no ecrã, incluindo os visíveis pop-ups de coisas que vão surgindo no cenário conforme se vai aproximando.
Dito isto, a jogabilidade encontra-se bastante bem adaptada à consola, quer se utilizem os comandos Joy-Con ou o Pro Controller. Além do mapeamento de botões se tornar rapidamente intuitivo, existe a possibilidade de utilizar (ou não) o sensor de movimentos para ajustar a posição da câmara, bem como configurar a sua sensibilidade. Se ao jogar em modo portátil esta função possa não ser muito útil, especialmente se o jogador estiver a jogar nos transportes, já na TV poderá fazer uma boa diferença em termos de pontaria.
Já no que diz respeito ao jogo em si, tanto se nota o quão influente foi no seu tempo, como o facto de já estar muito ultrapassado no género. O jogo é principalmente baseado em stealth, graças ao avançado equipamento do protagonista, que lhe permite ficar temporariamente invisível. Ao mesmo tempo, também permite capturar viaturas como um camião de guerra e entrar aos tiros sem dó nem piedade contra os inimigos. Se em parte é particularmente divertido pelas diferentes maneiras possíveis de enfrentar uma missão, promovendo a criatividade e experimentação do jogador, muitas vezes aventurar-se pode correr mal.
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Além disso, o sistema automático de checkpoints consegue por vezes parecer aleatório – nada mais “stressante” que morrer e voltar atrás, só para acordar rodeado de inimigos. Infelizmente, o aspeto mais negativo de todos surgiu mesmo com erros aleatórios, que várias vezes levaram a consola a encerrar o jogo ao longo da experiência. Algo difícil de especificar, por não voltar a acontecer ao repetir o mesmo, mas que precisa mesmo de ser corrigido numa futura atualização.
Considerações finais
Longe de impressionar visualmente, em termos técnicos esta é uma boa adaptação que tira partido das várias funcionalidades da Nintendo Switch. O jogo em si, é um clássico com uma boa jogabilidade e uma história simples, mas que serve para o efeito de se avançar de missão em missão. Não fossem alguns bugs capazes de arruinar toda a experiência de jogo, e seria muito fácil recomendar este Crysis Remastered como um dos melhores jogos FPS da consola. Sendo assim, o melhor é aguardar por uma atualização.
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N.R.: A análise a Crysis Remastered foi realizada numa Nintendo Switch com acesso a uma cópia do jogo, gentilmente cedida pela Crytek