A Onerat Games na pessoa de Dylan Walker criou um mundo 16 bit em onde a exploração é chave. Para muitos esse mundo misterioso é suficiente para se atirarem de cabeça e descobrirem todos os segredos de Elden: Path of the Forgotten, mas quando tudo é obtuso demais e todas as mecânicas têm falhas, fica difícil defender um título e um estilo de jogo que parece que não deseja fazer mais que nos frustrar em todas as suas vertentes.
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Ambiente tenso e sombrio
Num jogo que podemos categorizar de RPG de ação e de horror medieval, o mais positivo é o seu ambiente e a pixel art apresentada. Ao bom estilo de Another World (que pensamos ter sido uma das influências na criação de Elden), o grafismo é simples, mas para quem gosta deste tipo de arte tem muito para admirar. É pena a falta de variedade de inimigos, mas no seu todo tem um charme interessante mesmo que os mapas sejam muito desinspirados.
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Elden: Path of the Forgotten leva-nos a… não sabemos bem honestamente, porque nada nos é dito quando o iniciamos o jogo apenas temos uma cinemática em que um monge está a tirar uns apontamentos e de repente aparece um portal e é teleportado. Gostamos muito quando um jogo não nos dá grande informação, mas depois em termos narrativos o vamos descobrindo, sendo em cartas ou outro tipo de objetos que vamos encontrando, como na série Souls por exemplo. Mas este não nos diz rigorosamente nada, não há narrador e até algumas mensagens que nos aparecem ao abrir portões para novas áreas são numa língua por nós desconhecida. Fica complicado entender algo deste modo narrativo contextual onde o pouco que existe não o entendemos já que nada nos é explicado, nem os controlos.
Exploração sem sentido
Adoramos jogos em que a exploração do mapa é um dos principais sistemas, porque normalmente permite-nos descobrir itens raros e saber mais pormenores da história não linear do jogo, mas em Elden: Path of the Forgotten, já que nada nos é dado em termos de informação acabamos a explorar à toa, basicamente temos portões a dividir as várias áreas de cada mapa e que estão fechados até que se abram, porque realizámos uma ação qualquer ao acaso e que finalmente podemos progredir. Ou seja, exploramos e matamos inimigos, não apanhamos realmente itens (apenas comida para a nossa barra de vida e umas poções para a nossa resistência) e é tudo assim um pouco obtuso e sem sentido. Para complicar, temos 3 tipos de armas, uma espada, lança e machado, mas o combate é só martelar o botão de ação. Temos maneira de rolar para esquivar, mas usamos mais nos bosses de final de área. O combate é péssimo e aliado a magias que aprendemos, poderia ser mais competente e imaginativo.
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Na vertente sonora não temos muito a dizer. A música é sempre a mesma e mais que isso temos os sons dos inimigos e o brandir das armas. O ambiente sonoro falha na imersão e impede-nos de sentir a aventura do nosso guerreiro pelos mapas de floresta, deserto e neve que nos apresenta.
Problemas técnicos assolam a jogabilidade
Como se não bastasse tudo o que já referimos até então, existem uma enorme variedade de problemas técnicos em Elden: Path of the Forgotten. Bugs gráficos em que desaparecem partes de cenários e inimigos, ficarmos presos no cenário em luta com um boss em que nem o conseguimos atacar a ele, nem ele a nós (tivemos de reiniciar o jogo), conseguirmos passar portões fechados e inimigos que de repente se movem à velocidade da luz (ainda não sabemos bem se é bug ou se é mesmo assim que está programado), mas o que é mais irritante é quando estes problemas se imiscuem na jogabilidade. A deteção das nossas armas no inimigo é totalmente ao acaso. Por vezes estamos bem juntos a eles para os tentar dizimar e simplesmente não acertamos, não reduz vida. Faz sentir que o combate, para além de estarmos a spammar os botões, é totalmente ao acaso. Não há espaço para estratégias.
Considerações finais
Elden: Path of the Forgotten tem uma boa ideia, mas uma péssima execução. Quando vimos o trailer ficámos entusiasmados com o produto que nos ia chegar, mas não tem a qualidade esperada para um jogo terminado e pronto a lançar. É curto, perto de 4 horas para terminar com ações repetitivas até chegar ao fim. De salientar a arte, mas tudo resto é um produto inacabado que nem com a melhor imaginação por parte do jogador consegue ser divertido.
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N.R.: A análise a Elden: Path of the Forgotten foi realizada numa Nintendo Switch com acesso a uma cópia do jogo, gentilmente disponibilizada por Jesús Fabre PR