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Análise The Legend of Zelda: Link’s Awakening

Quando todos esperávamos ansiosamente por novidades sobre The Legend of Zelda: Breath of the Wild 2, a Nintendo avançou com o anúncio da versão remastered de TLoZ: Link’s Awakening, em fevereiro deste ano, durante um Nintendo Direct. Apesar dos poucos rumores, ninguém estaria à espera que o mesmo fosse imediatamente apresentado com uma demo jogável em junho, durante a E3, e que fosse lançado definitivamente logo em setembro do mesmo ano.

The Legend of Zelda é uma das franquias mais famosas e queridas de todos os gamers da família Nintendo, quer seja pelo efeito nostálgico de um nome com mais de 3 décadas, mas também pelo mais recente Breath of the Wild, lançado em 2017, que nos trouxe uma versão moderna da franquia para a nova geração. 

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O jogo Link’s Awakening, que foi lançado em 1993 em exclusivo para a portátil Game Boy, vendeu quase 4 milhões de cópias, ajudando assim a aumentar as vendas da consola em 13% e permanecendo nas listas dos mais vendidos durante vários anos após a sua estreia, sendo por isso um dos mais famosos da franquia. Talvez tenha sido esta a premissa que levou a Nintendo a lançar, este ano, um remaster exclusivo para a Nintendo Switch. 

Agora a sério…

Mais botões, melhor jogabilidade

Tudo começa quando Link naufraga durante uma tempestade e acorda preso na Ilha Koholint, guardada pelo Wind Fish, um espírito que se assemelha a uma baleia. Link segue então a sua aventura com o objetivo de obter os oito instrumentos musicais que se encontram escondidos em dungeons espalhados pelo mapa, e que quando recuperados permitirão acordar o Wind Fish e escapar da ilha.

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O argumento mantém-se o mesmo, com os mesmos puzzles e desafios, mas ao nível da jogabilidade e, também, visualmente, este jogo foi bastante melhorado. Enquanto que a Game Boy, para quem não se lembra, apenas contava com dois botões ao qual atribuíamos uma função, a Nintendo Switch, tendo botões adicionais, facilita ao jogador a utilização dos itens necessários sem atrapalhar a jogabilidade – a espada e escudo podem ser sempre utilizados, assim como as Pegasus Boots e a Power Bracelet que ficam automaticamente equipadas quando as desbloqueamos, sendo que os restantes botões servirão para equipar artigos que em diferentes momentos nos ajudarão a resolver os puzzles. 

O controlo dos movimentos de Link tornou-se bastante mais fluído, fruto da idade avançada da franquia e, claro, da nova consola que o suporta. Sem qualquer dificuldade executamos todos os movimentos necessários como saltar, pegar em vasos e atirá-los, disparar flechas com o arco, entre outros.

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Graficamente (quase) perfeito

É também agora possível aceder ao mapa, fazer zoom e marcá-lo com pontos de interesse através da associação de vários ícones disponíveis a locais específicos no mapa. Outra das novidades relativamente à versão dos anos 90, foi o facto de o jogo guardar automaticamente, algo que se enquadra perfeitamente numa dinâmica de jogabilidade em consolas portáteis, pois convida-nos a pegar no jogo nem que seja por breves minutos, sem a obrigação de atingir save points para guardar e permitindo, assim, não perder todo o progresso conseguido até então.

Visualmente o jogo é um mimo para os nossos olhos. A Nintendo transformou o mapa numa espécie de diorama e toda a ilha e respetivas personagens vestem agora um visual cartoonesco, repleto de cores vibrantes e magnéticas que nos agarram ao ecrã, seja em modo portátil ou docked.

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No que respeita ao seu desempenho gráfico, queria poder dizer que o jogo é perfeito, mas as quebras de frame-rate logo no início do jogo trouxeram um sabor amargo à minha experiência. Em modo docked, a resolução oscila entre os 720p e os 1080p. Contudo, em modo portátil, apesar de em interiores termos quase sempre uma resolução de 720p, a mesma chega a descer aos 576p em momentos graficamente mais exigentes.

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Construção de Chamber Dungeons

Outra das novidades é o sistema de construção de dungeons ao estilo de Super Mario Maker. Após algumas horas de jogo, deparámo-nos com uma personagem chamada Dampé que desafia o jogador a construir as suas próprias dungeons a partir de salas já existentes e a completar fases adicionais em troca de itens. A Nintendo tentou investir no fator replay com este sistema, mas a verdade é que o mesmo não está a ser bem recebido pelo público, devido à sua falta de originalidade e coesão com a premissa do jogo. Também a falta de online neste modo, tem sido apontado como uma falha e que poderia, de facto, acrescentar algo à longevidade do jogo.

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Ainda assim, Link’s Awakening é um jogo que promete pelo menos 16 horas de gameplay para terminar a história embora, como todos sabemos, tratando-se de um jogo The Legend of Zelda, há sempre muito por fazer e investigar antes e depois de prosseguirmos para o próximo objetivo. 

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Considerações Finais

Queria poder dizer que Link’s Awakening na Switch é perfeito e assim conseguir convencer quem diz não comprar este remaster para manter as memórias que tem do jogo original. Bom, perfeito não é, mas está muito perto disso. 

Para quem cresceu com a versão dos anos 90, as novidades adicionadas e o novo estilo visual, são uma boa oportunidade para regressar a Koholint, além da possibilidade de voltar a ouvir a músicas que trazem à memória tão boas lembranças. Há ainda a edição de colecionador, que traz uma steelcase fantástica, em formato de Game Boy, e um livro de ilustrações com 120 páginas, que fazem as maravilhas de qualquer colecionador. 

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Para quem nunca jogou, não há qualquer desculpa para não o fazer – é uma das melhores franquias de sempre e é um excelente remake de um dos melhores jogos da franquia, ainda que, na minha opinião, a um preço ligeiramente inflacionado para uma remasterização. 

N.R.: A análise à versão remastered The Legend of Zelda: Link’s Awakening foi realizada numa Nintendo Switch com acesso a uma cópia do jogo adquirida pelo autor do artigo. 

 

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The Legend of Zelda: Link's Awakening - Uma boa oportunidade para regressar a Koholint
Reader Rating2 Votes
Novo estilo visual
Jogabilidade melhorada
Fiel ao jogo original
Quebra de frame-rates em alguns cenários
Modo construção de dungeons pouco relevante
4.5