Os teclados para dispositivos móveis tentam acima de tudo respeitar o conceito de mobilidade, razão pela qual apresentam-se sempre bastante finos, com teclas pequenas e com um design mais engenhoso do que inspirador. É justamente para aqueles que procuram algo com maior presença e maior conforto que foi criado o Penna.
Este é um teclado Bluetooth que aposta tudo no design e na sua construção. O estilo retro é a imagem de marca do produto desenvolvido pela empresa Elretron – ter um Penna na prática é como ter uma mini-máquina de escrever.
O teclado é mecânico e os utilizadores podem escolher entre três sistemas – Cherry MX Blue, que dá ao utilizador um maior feedback e por consequência produz um som mais alto; Cherry MX Red, pensado para quem gosta de escrever rápido; e Cherry MX Brown, para quem prefere um teclado mais discreto no som, mas que garante um conforto próximo aos dois sistemas já descritos.
Além do sistema interno, também é possível escolher o desenho externo das teclas. A Elretron permite que o consumidor escolha entre teclas quadradas ou teclas redondas e com um acabamento cromado, sendo a segunda opção a mais indicada para quem quer garantir o estilo mais retro. Por outro lado, as teclas redondas podem exigir uma curva de aprendizagem pois é um formato pouco comum nos dias atuais.
O facto de integrar tecnologia Bluetooth permite que o teclado Penna seja indicado não só para dispositivos móveis, como também pode ser usado como o teclado principal do computador que tem lá por casa. O gadget tem ainda um interessante sistema de multi-emparelhamento que lhe permite estar ligado até cinco dispositivos ao mesmo tempo.
Através de uma tecla de atalho, o utilizador pode mudar facilmente e rapidamente o dispositivo ao qual o Penna deve estar ligado em primeiro lugar. O suporte dos sistemas operativos Android, Windows e iOS também ajuda nesta capacidade multi-dispositivo.
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Outro elemento em destaque no Penna é uma manivela que está colocada do lado esquerdo. Além de ser um elemento estético, este componente também um lado prático. Quando o utilizador levanta a manivela, o teclado entra em modo de gravação macro, ou seja, permite gravar uma palavra ou um segmento de texto numa memória temporária. Depois sempre que pressionar a manivela para baixo, esse texto vai ser reproduzido.
Talvez um dos aspetos negativos do teclado Penna é o facto de funcionar a pilhas, consumindo duas unidades AA. Por outro lado, estas pilhas deverão ser suficientes para garantir um funcionamento próximo aos seis meses – ainda que teria sido preferível ver a integração de uma bateria própria no teclado.
O peso também não é o elemento mais favorável do Penna, pois os 800 gramas que apresenta acabam por ser consideráveis na hora de pensar levá-lo consigo na mochila.
Este projeto está em campanha no Kickstarter e já pulverizou a sua meta de financiamento: à hora de publicação deste artigo tinha cerca de 223 mil dólares, um número quase cinco vezes superior aos 50 mil dólares pedidos pela Elretron. O preço base do Penna será de 99 dólares, o equivalente a 93 euros, mas há uma versão especial construída em madeira que terá um preço de 299 dólares, cerca de 280 euros.