Há um ano o Consumer Electronic Show foi importante para a HTC e para a Valve pois foi onde mostraram o primeiro kit de desenvolvimento dos óculos de realidade virtual HTC Vive. Em apenas doze meses o equipamento assumiu-se como uma referência no segmento VR e já foram vendidas mais de 140 mil unidades dos óculos.
Este ano a HTC não foi ao CES para mostrar uma nova versão dos Vive – isso já era sabido -, mas sim para mostrar melhorias na experiência de utilização. Os destaques são três.
O primeiro de todos é um pequeno recetor chamado TPCast. Na prática este equipamento vai permitir libertar os fios que ligam os HTC Vive aos computadores, o que permitirá experiências de realidade virtual com um maior grau de liberdade. O add-on não foi desenvolvido diretamente pela HTC, mas sim por uma das startups que fazp parte da incubadora Vive X.
O TPCast vai começar a ser vendido fora da China na segunda metade de 2017 e vai custar 249 dólares, o equivalente a 235 euros. A HTC responde assim antecipadamente à chegada de uma nova versão dos Oculus Rift que também não vão necessitar de uma ligação ao computador.
O periférico tem uma bateria que permite uma experiência sem fios durante uma hora e meia, mas a HTC já confirmou que haverá uma versão que vai permitir até cinco horas de experiências de realidade virtual sem ligação ao PC.
O segundo periférico apresentado foi o Vive Tracker. Este é um pequeno módulo que pode ser acoplado a qualquer objeto físico para que o mesmo seja suportado por experiências de realidade virtual. Um exemplo: pode colocar um Vive Tracker na ponta de uma colher de pau e se estiver numa cozinha virtual, a experiência vai ficar um pouco mais imersiva.
Quando integrado com umas luvas, permite que o utilizador largue por completo os comandos e utilize as mãos como forma de interação com o mundo digital – indo ao encontro da tendência de interações mais naturais nos mundos de realidade virtual.
O Vive Tracker será também interessante fora do segmento dos videojogos, facilitando a transformação de objetos banais em ‘comandos’ de realidade virtual que transmitem a experiência mais correta – o que pode ser valioso no segmento das formações profissionais.
Por fim foi apresentado o Deluxe Audio Strap, um periférico que pode ser acoplado aos HTC Vive para melhorar a experiência sonora, um dos elementos mais importantes no conceito de imersão.